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07/07/2015

Cuscuz fabricado em Arapiraca incrementa refeição de alagoana que vive na Irlanda

A foto da Natália Souza segurando um prato com cuscuz, em Dublin, na Irlanda, onde vive desde que se mudou de Maceió, fez-me lembrar que Alagoas não produz nenhum dos grãos do milho utilizado pelo Grupo Coringa para fabricar, em Arapiraca, massa de cuscuz.

Aí, fui pesquisar a origem do pacote de cuscuz tipo Flocão que a mãe da Natália comprou num supermercado de Maceió e o "exportou", pelos Correios, ao endereço europeu de sua herdeira. Toda a matéria-prima do alimento provém de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.

Quatro milhões de quilos de cuscuz por mês

“A gente já incentivou o plantio de milho em Alagoas, garantindo a compra da safra. Por uma série de fatores, não houve o êxito”, explicou Marcelino Alexandre, diretor de Logística do grupo Coringa, fundado 45 anos atrás pelos industriais José Alexandre e José Levino.

Mensalmente, a indústria processa 8 milhões de quilos de cuscuz. Aliás, o cuscuz representa 70% do que a indústria produz em Arapiraca. 45% desta produção fica em Alagoas. O restante – explica Marcelino – é comercializada nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

Para fazer o alimento chegar a Manaus e Belém, por exemplo, a empresa utiliza o transporte marítimo. “A produção segue de navio até Manaus, pelo porto de Suape (PE)”, acrescenta. Aos demais mercados, o produto segue chega em diversos caminhões.

Na Irlanda, massa de cuscuz custa R$ 9 reais

“Aqui em Dublin, recebi o cuscuz pelos Correios. Quem mandou foi minha mãe, aí de Maceió”, explicou Natália Souza. Numa loja brasileira, a gente até encontra massa de cuscuz ao preço de € 2,2 euros. Fazendo a conversão, dá quase R$ 9 reais”, completou.

 

 “Ainda tenho três pacotes aqui. Engraçado que nenhum irish (irlandês) sabia o que era cuscuz”, completou, reforçando que os amigos irlandeses aprovavam a iguaria. Além dos pacotes do tradicional alimento, a mãe da jornalista enviou-lhe uma cuscuzeira.

Grupo fabrica de alimento em filial baiana

Informação adicional: o Grupo Coringa tem uma filial em Luís Eduardo Magalhães, cidade que “abandonou” seu nome original, Mimoso, para homenagear o falecido filho de Antônio Carlos Magalhães, político que chefiava a Bahia com muita, muita habilidade política.

 

Maikel Marques
marques.jornalista@gmail.com 

É jornalista formado pela Universidade Federal de Alagoas. Atualmente, trabalha como repórter e assessor de imprensa, em Maceió. É vencedor do Prêmio Braskem de Jornalismo 2013, na categoria Assessoria de Imprensa.

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